25 de out. de 2011

Classe dominante impõe apartheid na educação do país

Professor afirma que a segregação educacional no Brasil continua sendo a marca do nosso tempoConselheiro da Associação dos Docentes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Adufrj) Seção Sindical do ANDES-SN e um dos coordenadores do Fórum em Defesa da Escola Pública (Fedep) do Rio de Janeiro, o professor Roberto Leher classificou o lançamento estadual da campanha "10% do PIB para a Educação Pública, Já!" como o início de uma mobilização mais forte e mais quente em torno do plebiscito para os 10% do Produto Interno Bruto (PIB) exclusivamente para a escola pública e inserido em uma jornada de luta que, hoje, ultrapassa a fronteira brasileira. A fala de Leher aconteceu durante evento realizado no centro do Rio, na última quinta-feira (20)."Vimos recentemente, no Chile, também a convocação de um plebiscito popular onde milhares de pessoas manifestaram seu apoio à causa da educação pública popular. No Brasil, nós também estamos diante de um desafio de enfrentar um apartheid educacional que os setores dominantes impõem ao povo brasileiro de maneira secular. Desde que o Brasil foi formado enquanto nação, o direito do povo, sobretudo dos trabalhadores explorados e expropriados foi negado”, afirmou. “Não é de se espantar que hoje, da juventude que deveria estar cursando o ensino médio, apenas metade está. O que demonstra de maneira muito forte que a segregação educacional segue sendo a marca do nosso tempo”, completou Leher.O docente também atacou as atuais políticas educacionais. “Tão grave quanto temos a caracterização de que boa parte das estratégias educacionais que estão sendo encaminhadas hoje pelos governos federal, estaduais e municipais, é uma política educacional de segregação educacional também, uma especialização de educação para os pobres. Curta e minimalista, tal como no século XVIII”, disse.Faltam verbas Atualmente, segundo o professor, o Brasil investe pouco do seu PIB na educação de 56 milhões de crianças e jovens: “Obviamente esse valor não permite uma educação de qualidade. Não é casual que tivemos diversas greves esse ano exigindo um medíocre piso salarial, que hoje está em torno de R$ 1,2 mil. A União este ano destinou 45 % dos seus tributos para o pagamento da dívida, mas para a educação só destinou 2,9 %, o que comprova a política de negação do direito à educação para a juventude e trabalhadores brasileiros. Estamos todos de parabéns por estarmos aqui nessa luta. Temos que fazer que nem no Chile, vamos transformar a luta pela educação pública, numa luta que tenha o calor das batalhas na ruas”, conclamou. O coordenador do Fórum também informou sobre o plebiscito que deverá ser organizado pela campanha, em novembro (uma reunião da Comissão Executiva Nacional da iniciativa, no Rio, neste dia 24, define a questão). “O plebiscito deve ser um momento para nossa auto-educação, para que conheçamos melhor o que vem a ser o drama educacional brasileiro, para que no final do ano estejamos na rua e possamos estar protagonizando fortes lutas populares em torno da educação pública. Nas universidades, nos sindicatos, nas ocupações, temos um arco de forças muito valoroso que vai cumprir a tarefa de realizar esse grande plebiscito”, completou.
Edição: ANDES-SN
Foto: Adufrj-SSind/Clarice Castro




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Então pessoas, a conjuntura que ta posta para nós é essa. E você, vai ficar parad@?
Venha discutir os rumos da educação e levar suas reflexões no COLÓQUIO QUE TEREMOS AMANHÃ SOBRE O ENSINO DA VETERINÁRIA.

No post abaixo segue o cartaz.

At., DAVET UFRPE

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