8 de out. de 2011

Eleições DCE (odijas de carvalho)


A grande parte de nossas atitudes são provenientes de experiências pela qual passamos (vivenciando o fato, estudando-o ou mesmo tirando proveito de experiências passadas por outros e que nós tomamos como lição), assim conhecer o passado faz-se necessário, pois a partir dele podemos construir um presente justo. Como as eleições para o DCE ocorrem dia 20, venho aqui colocar este texto sobre Odijas Carvalho de Souza, o qual merecidamente dá nome ao DCE. A luta dele é descrita abaixo, onde o mesmo deu a vida (LITERALMENTE) lutando por uma sociedade menos opressora. Então galera, quando for votar pense que o movimento estudantil é coisa séria, analisem o atual cenário político da Universidade, vejam o que o atual DCE fez por nós e decidam se a UFRPE merece uma mudança ou estamos fadados a ficar nessa estagnação política.

"Que sejamos iguais ao Odijas, dediquemos nossa vida ao bem maior de construir uma sociedade mais justa e igualitária, sempre lutando e sendo fiel a libertação do povo até as últimas conseqüências, sem desvios. Odijas Carvalho de Souza Vive!" Tirei esse texto, inclusive esse trechinho do blog do DCE, mas sinceramente o DCE se espelha realmente em Odjias????

Nascido em Alagoas, no ano de 1945, o estudante de agronomia da Universidade Federal Rural de Pernambuco, Odijas Carvalho de Souza combateu contra a ditadura militar através do movimento estudantil na nossa universidade. Militante do Partido Comunista Brasileiro Revolucionário (PCBR), foi preso na Praia de Maria Farinha, no município de Paulista, em Pernambuco, no dia 30 de janeiro de 1971, juntamente com Lélia Guedes. Os policiais responsáveis por sua prisão são: Edmundo de Brito, Fausto Venâncio da Silva Filho, Ivaldo Nicodemus Vieira e Severino Pereira da Silva, todos do DOPS/PE. Odijas bravamente resistiu às seções de tortura e muito convicto do seu objetivo, acabar com a ditadura militar, não entregou uma informação sequer aos agentes da repressão. Após esse período, foi levado às pressas para o Hospital da Polícia Militar de Pernambuco no dia 6 de fevereiro de 1971, morrendo dois dias depois em conseqüência das torturas sofridas. Uma semana inteira de seções de tortura não foram capazes de romper com a firmeza desse jovem estudante que sonhava com um mundo sem opressões e injustiças. O assassinato foi denunciado a partir de testemunhos em depoimentos prestados na Auditoria de Guerra da 7ª Região Militar, por vários presos políticos, inclusive sua viúva, Maria Ivone de Souza Loureiro. O preso político Mário Miranda, uma das testemunhas oculares do assassinato, denunciou as torturas que culminaram com a morte de Odijas e também seus assassinos: delegado José Silvestre, do DOPS/PE, os agentes Ivanildo Nemésio e Miranda e o delegado Carlos Brito.O atestado de óbito, fornecido pelo IML/PE, foi assinado por Dr. Ednaldo Paz de Vasconcelos e tinha como causa-mortis embolia pulmonar. Mas na realidade, Odijas apresentava várias fraturas de ossos, ruptura de rins, baço e fígado. Foi enterrado no Cemitério de Santo Amaro, em Recife, sob o nome de Osias de Carvalho Souza, e não Odijas, o que dificultou a localização de seu corpo.

Líder Estudantil, combatente revolucionário, fiel a causa do Socialismo Odijas Carvalho de Souza deve ser Homenageado e relembrado como um dos Heróis do Movimento estudantil brasileiro, por sua bravura e resistência. O Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal Rural de Pernambuco da reconhecendo seu valor o homenageou como patrono, assim como Honestino Guimarães na UNB, Umberto Câmara Neto na UFPE, dentre tantos outros heróis do Movimento estudantil. Relembramos seu nome para fortalecermos em nossas lutas e para que não se repita jamais as atrocidades trazidas pelo golpe de 1964. O bem mais precioso que possuía, a vida, foi doado, sem nenhum temor pela causa maior da libertação da nação brasileira. Que sejamos iguais ao Odijas, dediquemos nossa vida ao bem maior de construir uma sociedade mais justa e igualitária, sempre lutando e sendo fiel a libertação do povo até as últimas conseqüências, sem desvios. Odijas Carvalho de Souza Vive! (texto retirado do blog do DCE)



3 comentários:

  1. O DCE fez bastante coisa pelos alunos dessa Universidade, principalmente nas unidades sucateadas do interior. Agora meu caro amigo, talvez se você tivesse conhecido a antiga gestão do DCE - SER, FAZER, ACONTECER, como conheci quando entrei na RURAL, poderia comparar, o que é fazer um trabalho pela MELHORIA da Universidade.
    Estagnação política? Acho que você usou essa palavra indevidamente, pois quando entrei na RURAL, havia sim uma estagnação politica, que solapava o DCE e maculava a brava luta de ODIJAS. Talvez, se você sair mais do seu departamento e se envolver, de fato, com a universidade, você irá vê o trabalho do DCE, e por falar em DCE, quantas vezes você já foi lá para oferecer sua ajuda? Vá lá, é um espaço nosso, de todos que como Eu, primam pela qualidade do Ensino e por uma RURAL mais voltada para o conhecimento e menos para os Usineiros. Até Breve!

    Heráclito Albuquerque

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  2. É companheiro, se a gestão fosse transparente os Ceb´s fossem realizados com mais frequência, a opnião dos DA´s respeitadas, houvesse realmente uma integração com todos os Diretórios, eu com certeza seria o primeiro a defender o DCE, a nossa luta é a mesma e não vejo razão para disputas, só não posso silenciar quando acho que algo está errado. Quanto a participação no DCE, será que é o único modo de ver o trabalho é estando dentro do movimento, e os outros estudantes que são representados por vocês?Em relação ao comentário do filme , obrigado pela sugestão, se você tiver filme (nome) para sugerir pode ficar a vontade.
    Também espero ver uma Universidade Popular, feita e voltada para as necessidades do povo, e por isso estamos trabalhando!

    Abraço

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  3. Olá todos, venho socializar com vocês um pouco das minhas reflexões. Primeiro de tudo que o DCE- Diretório Central dos Estudantes é uma entidade representativa dos estudantes e o que tem que ser colocado em jogo são as gestões que assumem sua direção. Questionamos sim a atual gestão, sempre questionaremos até a exaustão. O que é colocado não se a anterior fez ou deixou de fazer, pois o discurso usado por vocês são os mesmos, ahh olha lá se fizeram... Vamos e convenhamos, vamos ter aqui um debate político. Vamos sim avaliar o que está posto para nós AGORA e tentar avançar nos pontos em que o retrocesso está mais que claro. O diretório acadêmico de medicina veterinária atua para além dos muros da universidade, volto a pergunta que você Heráclito, fez ao meu camarada talves se o partido não tivesse centralizado vocês para o interior poderiam ter uma visão mais ampliada do que é a universidade e as entidades de luta que estão aí. Em todos os conselhos de entidades de base o D.A.VET.UFRPE. esteve presente, mesmo com a tentativa de boicotar a presença das organizações de oposição, que tentam não desvirtuar o debate e politizar minimamente o debate.
    Quando eu li a frase que colocaste: -Vá lá, é um espaço nosso, de todos que como Eu, primam pela qualidade do Ensino e por uma RURAL mais voltada para o conhecimento e menos para os Usineiros-

    Juro que fiquei absmada com tanta contradição! Todos nós lutamos por uma universidade laica, publica, gratuita,de qualidade, com seu tripé sendo respeitado e vários outros adjetivos que passaremos o dia digitando.
    E não por uma Rural MAIS voltada para o conhecimento, que conhecimento é esse que temos na nossa academia? Você mesmo falou para atender a demanda do capital, o agronegócio e seus grandes investidores. E como apoiar um candidato para reitoria que é um dos representantes sucroalcoleiros do estado de pernambuco? A quem iria atender as demandas? A população ou aos interesses da burguesia? Fica a dica para refletir no que se escreve e não ser tão contraditório. Que fique claro que o debate é político e não pessoal. Hasta. Rhay Oliveira- D.A. VET. UFRPE- ENEV.

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