6 de out. de 2013

31º ENEVET

O Encontro Nacional dos Estudantes de Veterinária (ENEVET) está se aproximando, mas por que participar desse congresso? 
É notória a necessidade que os estudantes de veterinária tem de se organizar e ao mesmo tempo a importância da troca de experiências nesses espaços, pois existe muitas diferenças nas escolas de veterinária Brasil afora. 
Assim, surge a proposta de um Encontro, construído e pautado pelas necessidades estudantis, que vão desde uma discussão mais profunda acerca do caráter dos projetos pedagógicos de curso ao papel social do Medico(a) Veterinário(a) perpassando por espaços de caráter técnico. 

Em breve (quando iniciarem às aulas), serão realizados os pré-enevetes, abordando as temáticas do Encontro. Portanto, convidamos todos(as) a construírem mais um ENEVET acreditando na importância e deste encontro nacional!

Vamos todos(as)!

1 de set. de 2013

@s médic@s e @s monstr@s

Com toda a repercussão acerca da chegada dos Médic@s Cubanos ao Brasil, vale a reflexão sobre o sistema de saúde em Cuba:

Após a Revolução, a medicina virou prioridade e transformou a ilha em referência; hoje, Cuba concentra o maior número de médicos por habitante

Desde o triunfo da Revolução de 1959, o desenvolvimento da medicina tem sido a grande prioridade do governo cubano, o que transformou a ilha do Caribe em uma referência mundial neste campo. Atualmente, Cuba é o país que concentra o maior número de médicos por habitante.


Em 2012, Cuba formou mais 11 mil novos médicos, os quais completaram sua formação de seis anos em faculdades de medicina reconhecidas pela excelência no ensino. Trata-se da maior promoção médica da história do país, que tornou o desenvolvimento da medicina e o bem-estar social as prioridades nacionais. Entre esses médicos recém-graduados, 5.315 são cubanos e 5.694 vêm de 59 países da América Latina, África, Ásia e até mesmo dos Estados Unidos, com maioria de bolivianos (2.400), nicaraguenses (429), peruanos (453), equatorianos (308), colombianos (175) e guatemaltecos (170). Em um ano, Cuba formou quase o dobro de médicos do total que dispunha em 1959. [1]



Após o triunfo da Revolução, Cuba contava somente com 6.286 médicos. Dentre eles, três mil decidiram deixar o país para ir para os Estados Unidos, atraídos pelas oportunidades profissionais que Washington oferecia. Em nome da guerra política e ideológica que se opunha ao novo governo de Fidel Castro, o governo Eisenhower decidiu esvaziar a nação de seu capital humano, até o ponto de criar uma grave crise sanitária. [2]



Como resposta, Cuba se comprometeu a investir de forma maciça na medicina. Universalizou o acesso ao ensino superior e estabeleceu a educação gratuita para todas as especialidades. Assim, existem hoje 24 faculdades de medicina (contra apenas uma em 1959) em treze das quinze províncias cubanas, e o país dispõe de mais de 43 mil professores de medicina. Desde 1959, se formaram cerca de 109 mil médicos em Cuba. [3] Com uma relação de um médico para 148 habitantes (67,2 médicos para 10 mil habitantes ou 78.622, no total), segundo a Organização Mundial da Saúde, Cuba é a nação mais bem dotada neste setor. O país dispõe de 161 hospitais e 452 clínicas. [4]



No ano universitário 2011-2012, o número total de graduados em Ciências Médicas, que inclui 21 perfis profissionais (médicos, dentistas, enfermeiros, psicólogos, tecnologia da saúde etc.), sobe para 32.171, entre cubanos e estrangeiros. [5]



A ELAM



Além dos cursos disponíveis nas 24 faculdades de medicina do país, Cuba forma estudantes estrangeiros na Elam (Escola Latino-Americana de Medicina de Havana). Em 1998, depois que o furacão Mitch atingiu a América Central e o Caribe, Fidel Castro decidiu criar a Elam – inaugurada em 15 de novembro de 1999 – com o intuito de formar em Cuba os futuros médicos do mundo subdesenvolvido.



“Formar médicos prontos para ir onde eles são mais necessários e permanecer quanto tempo for necessário, esta é a razão de ser da nossa escola desde a sua fundação”, explica a doutora Miladys Castilla, vice-reitora da Elam. [6] Atualmente, 24 mil estudantes de 116 países da América Latina, África, Ásia, Oceania e Estados Unidos (500 por turma) cursam uma faculdade de medicina gratuita em Cuba. Entre a primeira turma de 2005 e 2010, 8.594 jovens doutores saíram da Elam. [7] As formaturas de 2011 e 2012 foram excepcionais com cerca de oito mil graduados. No total, cerca de 15 mil médicos se formaram na Elam em 25 especialidades distintas. [8]



A Organização Mundial da Saúde prestou uma homenagem ao trabalho da Elam: “A Escola Latino-Americana de Medicina acolhe jovens entusiasmados dos países em desenvolvimento, que retornam para casa como médicos formados. É uma questão de promover a equidade sanitária (…). A Elam (…) assumiu a premissa da “responsabilidade social”. A Organização Mundial da Saúde define a responsabilidade social das faculdades de medicina como o dever de conduzir suas atividades de formação, investigação e serviços para suprir as necessidades prioritárias de saúde da comunidade, região ou país ao qual devem servir.



A finalidade da Elam é formar médicos principalmente para fornecer serviço público em comunidades urbanas e rurais desfavorecidas, por meio da aquisição de competências em atendimento primário integral, que vão desde a promoção da saúde até o tratamento e a reabilitação. Em troca do compromisso não obrigatório de atender regiões carentes, os estudantes recebem bolsa integral e uma pequena remuneração, e assim, ao se formar, não têm dívidas com a instituição.



[No que diz respeito ao processo seletivo], é dada preferência aos candidatos de baixa renda, que de outra forma não poderiam pagar os estudos médicos. “Como resultado, 75% dos estudantes provêm de comunidades que precisam de médicos, incluindo uma ampla variedade de minorias étnicas e povos indígenas”.



Os novos médicos trabalham na maioria dos países americanos, incluindo os Estados Unidos, vários países africanos e grande parte do Caribe de língua inglesa.


Faculdades como a Elam propõem um desafio no setor da educação médica do mundo todo para que adote um maior compromisso social. Como afirmou Charles Boelen, ex-coordenador do programa de Recursos Humanos para a Saúde da OMS: “A ideia da responsabilidade social merece atenção no mundo todo, inclusive nos círculos médicos tradicionais... O mundo precisa urgentemente de pessoas comprometidas que criem os novos paradigmas da educação médica”. [9]


A solidariedade internacional



No âmbito dos programas de colaboração internacional, Cuba também forma, por ano, cerca de 29 mil estudantes estrangeiros em ciências médicas, em três especialidades: medicina, enfermagem e tecnologia da saúde, em oito países (Venezuela, Bolívia, Angola, Tanzânia, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Timor Leste). [10]



Desde 1963 e o envio da primeira missão médica humanitária a Argélia, Cuba se comprometeu a curar as populações pobres do planeta, em nome da solidariedade internacional e dos sete princípios da medicina cubana (equidade, generosidade, solidariedade, acessibilidade, universalidade, responsabilidade e justiça). [11] As missões humanitárias cubanas abrangem quatro continentes e têm um caráter único. De fato, nenhuma outra nação do mundo, nem mesmo as mais desenvolvidas, teceram semelhante rede de cooperação humanitária ao redor do planeta. Desde o seu lançamento, cerca de 132 mil médicos e outros profissionais da saúde trabalharam voluntariamente em 102 países. [12] No total, os médicos cubanos curaram 85 milhões de pessoas e salvaram 615 mil vidas.  [13] Atualmente, 31 mil colaboradores médicos oferecem seus serviços em 69 nações do Terceiro Mundo. [14]



Segundo o Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), “um dos exemplos mais bem sucedidos da cooperação cubana com o Terceiro Mundo é o Programa Integral de Saúde para América Central, Caribe e África”. [15]



Nos termos da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), Cuba e Venezuela decidiram lançar em julho de 2004 uma ampla campanha humanitária continental com o nome de Operação Milagre. Consiste em operar gratuitamente latino-americanos pobres, vítimas de cataratas e outras doenças oftalmológicas, que não tenham possibilidade de pagar por uma operação que custa entre cinco e dez mil dólares. Esta missão humanitária se disseminou por outras regiões (África e Ásia). A Operação Milagre possui 49 centros oftalmológicos em 15 países da América Central e do Caribe. [16] Em 2011, mais de dois milhões de pessoas de 35 países recuperaram a visão. [17]



A medicina de catástrofe



No que se refere à medicina de catástrofe, o Centro para a Política Internacional de Washington, dirigido por Wayne S. Smith, ex-embaixador dos Estados Unidos em Cuba, afirma em um relatório que “não há dúvida quanto à eficiência do sistema cubano. Apenas alguns cubanos perderam a vida nos 16 maiores furacões que atingiram a ilha na última década e a probabilidade de perder a vida em um furacão nos Estados Unidos é 15 vezes maior do que em Cuba”. [18]



O relatório acrescenta que: “ao contrário dos Estados Unidos, a medicina de catástrofe em Cuba é parte integrante do currículo médico e a educação da população sobre como agir começa na escola primária […]. Até mesmo as crianças menores participam dos exercícios e aprendem os primeiros socorros e técnicas de sobrevivência, muitas vezes através de desenhos animados, e ainda como plantar ervas medicinais e encontrar alimento em caso de desastre natural. O resultado é a assimilação de uma forte cultura de prevenção e de uma preparação sem igual”. [19]



Alto IDH



Esse investimento no campo da saúde (10% do orçamento nacional) permitiu que Cuba alcançasse resultados excepcionais. Graças à sua medicina preventiva, a ilha do Caribe tem a taxa de mortalidade infantil mais baixa da América e do Terceiro Mundo – 4,9 por mil (contra 60 por mil em 1959) – inferior a do Canadá e dos Estados Unidos. Da mesma forma, a expectativa de vida dos cubanos – 78,8 anos (contra 60 anos em 1959) – é comparável a das nações mais desenvolvidas. [20]



As principais instituições internacionais elogiam esse desenvolvimento humano e social. O Fundo de População das Nações Unidas observa que Cuba “adotou há mais de meio século programas sociais muito avançados, que possibilitaram ao país alcançar indicadores sociais e demográficos comparáveis aos dos países desenvolvidos”. O Fundo acrescenta que “Cuba é uma prova de que as restrições das economias em desenvolvimento não são necessariamente um obstáculo intransponível ao progresso da saúde, à mudança demográfica e ao bem-estar”. [21]



Cuba continua sendo uma referência mundial no campo da saúde, especialmente para as nações do Terceiro Mundo. Mostra que é possível atingir um alto nível de desenvolvimento social, apesar dos recursos limitados e de um estado de sítio econômico extremamente grave, imposto pelos Estados Unidos desde 1960, que situe o ser humano no centro do projeto de sociedade.



*Doutor em Estudos Ibéricos e Latinoamericanos pela Univerdade Paris Sorbonne-Paris IV, Salim Lamrani é professor encarregado de cursos na Universidade Paris-Sorbonne-Paris IV e na Universidade Paris-Est Marne-la-Vallée e jornalista, especialista nas relações entre Cuba e Estados Unidos. Seu libro mais recente é “Etat de siège. Les sanctions économiques des Etats-Unis contre Cuba” (“Estado de sítio. As sanções econômicas dos Estados Unidos contra Cuba”, em tradução livre), Paris, Edições Estrella, 2011, com prólogo de Wayne S. Smith e prefácio de Paul Estrade. Contato: Salim.Lamrani@univ-mlv.fr /Página no Facebook: https://www.facebook.com/SalimLamraniOfficie
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14 de ago. de 2013

Nota Conjunta - Hospital Veterinário

Entidades lançam nota sobre situação atual do "Hospital Veterinário" da UFRPE
Recife, 12 de agosto de 2013.

Como parte da Jornada de Lutas do dia 06 de agosto, ocorreu na UFRPE o ato público em defesa do “Hospital Veterinário” (HV) da instituição. Participaram do ato estudantes, militantes do movimento dos técnicos administrativos e do movimento docente. Inicialmente o ato foi concentrado no pátio do HV e depois seguiu em coluna com cartazes e palavras de ordem até a reitoria. Chegando até o hall de entrada ocorreram diversos discursos dos representantes do Diretório Acadêmico de Medicina Veterinária (DAMV), do Diretório Central dos Estudantes (DCE), do Sindicato dos Trabalhadores nas Universidades Federais de Pernambuco (SINTUFEPE-UFRPE), da ADUFERPE (Seção Sindical do ANDES-Sindicato Nacional) e da Central Sindical e Popular (CSP-CONLUTAS) em apoio à pauta de reivindicações dos movimentos, representado naquele ato pelo movimento estudantil. Depois os manifestantes subiram até a reitoria e foram recebidos pela reitora e pelo vice-reitor.

Representantes dos movimentos colocaram suas posições e ouviram da reitora apenas promessas de reabertura do HV. A reitora argumentou que a sua gestão não pode ser responsabilizada pela atual crise no HV,considerando que, devido à greve do ano passado, sua gestão tem apenas seis meses de ações efetivas de planejamento e administração da universidade. A reitora afirma ainda que a atual gestão recebeu um “passivo” de grandes problemas e não pode ser considerada de continuidade da gestão anterior. Os movimentos ali representados apresentaram contra-argumentos nos quais reafirmaram que a atual gestão da UFRPE representa um projeto de continuidade, já que a mesma estava nopoder durante toda a gestão passada, sendo, portanto, a reitoria que deve ser responsabilizada pela atual crise do HV e de outros problemas de obras inacabadas nas três unidades da universidade.

A reitora recebeu a pauta de reivindicações do movimento e ficou de reabrir o HV o mais breve possível. Em nota de esclarecimento divulgada na página da UFRPE, a reitora e o diretor do Departamento de Medicina Veterinária (DMV) comprometeram-se a reabrir o HV em condições de “funcionar regularmente” em uma semana, desde que as empresas ganhadoras do pregão licitado forneçam o material. Isto significa que na visão da reitora e do diretor do DMV a crise do HV se resume ao problema da falta de material para funcionamento da unidade, omitindo à comunidade outros seriíssimos problemas, como a falta de condições dignas de trabalho, cobrança de taxas aos usuários, insuficiência na oferta de estágios e residência médica para os estudantes, etc.


Neste sentido o movimento deve continuar a luta para que o HV não seja privatizado e que se torne realmente um hospital público, gratuito e de qualidade socialmente referenciada, cumprindo para além das funções ambulatoriais, que tem no presente.

DAMV


DCE


SINTUFEPE-UFRPE


ADUFERPE


CSP-CONLUTAS

4 de ago. de 2013

ATO PÚBLICO (06/08/2013)


Sabendo da importância do Hospital Veterinário para a sociedade e seu papel de destaque na UFRPE é inaceitável que o mesmo se encontre fechado a duas semanas por falta de material. Convidamos tod@s a participarem da luta pela reabertura imediata do HV com as melhorias necessárias. Contamos com a participação de tod@s que acreditam na essencialidade desse serviço.

31 de jul. de 2013

Oficina de Cartazes 01/08/2013




Em Assembleia Estudantil realizada no dia 30/07/2013 (terça-feira) foi decidido e encaminhado a realização de um ATO COM OFICINA DE CARTAZES para pressionar a reabertura do Hospital Veterinário que encontra-se fechado há mais de uma semana. 

É inadmissível o descaso da administração pública com um serviço de tamanha importância tanto para a UFRPE como para a população em geral. Cobramos a reabertura imediata do Hospital Veterinário, abertura de concursos públicos para técnicos, professores e médicos veterinários, melhorias das condições de trabalho, financiamento e gestão pública, sendo contrário a qualquer tipo de privatização do espaço público. 

Vamos tod@s!

26 de jul. de 2013

Nota do DCE-UFRPE a Respeito do Hospital Veterinário

 
Nos posicionamos em favor de tudo que foi abordado na nota do Diretório Central dos Estudantes. Pela abertura imediata do Hospital veterinário!

15 de jul. de 2013

Vândalos? Quem são ?

Retirado de Correio da Cidadania


Vândalos... Quem são? Aqueles que enfrentam toda a polícia do patriciado armada até os dentes, com armaduras, bombas, balas de borracha, “caveirões”, numa manifestação exigindo justiça? Ou seriam os “vândalos” a mídia amestrada do mesmo patriciado, que faz e executa um terrorismo armado até os dentes para estupidificar, idiotizar, emburrecer?

Os vândalos na época da triste e cruel ditadura militar eram chamados de “subversivos”. Agora, os subversivos são chamados de “vândalos”. Pouco mudou para a mídia que veste o modelo do capital internacional. A razão também não mudou para essa mesma mídia: encobrir lucros fantásticos, corrupção mais fantástica ainda, e encobrir o “melhor dos mundos”: uma dívida eterna, interna e externa que sangra um país que é a sexta economia do planeta, com 50% de seu produto interno bruto direcionado ao pagamentos de juros cada vez maiores para banqueiros e multinacionais. Com o índice de qualidade de vida estando lá na rabeira... E perguntamos novamente: quem são os vândalos?

Quando a população sai às ruas para dizer: “basta de um país SPC!” (samba, pizza, carnaval), como a mídia do patriciado costuma vender em seus telões globais, com o vandalismo da fantasia e da ilusão. Viva o samba, viva o carnaval, que juntos se uniram nas ruas do país cantando um novo samba-enredo com a alma do coletivo e popular e que soava bem alto ao som de “queremos um país SPC, ou seja, sem pobreza e corrupção”.

Que país fantástico! Ao mesmo tempo, o futebol dentro dos campos gramados, e as manifestações em outros campos armados de indignação e basta. “O brasileiro é acovardado, um bunda-mole que só pensa em samba e futebol”, frase que ouvimos repetidamente. “Eu não sou bunda-mole”... Pois é, esse foi o sentimento que levou todo um país a bater forte nas portas da senhora austera e elitizada que se chama República, para fazer ouvir sua voz bem alto. Aliás, uma República que nunca ouviu sua população, e viveu sempre dando golpes de Estado. Diga-se, uma República que nasceu de um golpe de Estado.

Privatizações, ditaduras, plano Collor, leilões de riquezas naturais e minerais, estádios de futebol riquíssimos e mais um sem fim de golpes de Estado e vandalismos.

Vândalos... quem são? Aqueles que, consciente ou inconscientemente, nas manifestações de rua, enfrentam um aparato militar que protege o patriciado, os bancos, as multinacionais que aqui operam e extraem riquezas do país, desregulando tudo e qualquer coisa e que “mete o cacete” na população de “segunda ou terceira linha”, segundo a linguagem dos “iluminados”? Tudo orquestrado com a mídia obediente, cujo papel é hipnotizar o “distinto público” e esconder a prioridade número 1 deste país: mudar definitivamente as relações com o capital internacional, que vandaliza, tortura, adoece, desestrutura, deseduca e mata.

Auditar as contas de uma dívida eterna com a população, auditar a dívida eterna com a Educação, Saúde, Habitação, Justiça, Cidadania. Auditar o direito número 1: a Vida, e como disse bem claro a população com suas bandeiras nas ruas, “os vândalos são vocês, que são contra a vida, só pensam em lucro e que, quando se encontram, só proferem duas frases: ‘ganhar mais e pagar menos’”.

Protestar, ir para as ruas com determinação e jogar pedras nos lucros mais que abusivos que massacram o país, quebrar as vitrines enfeitadas de uma mídia adestrada que protege a corrupção do violento capitalismo, é um ato histórico.

“Ou o modelo capitalista acaba com nóis, ou nóis acaba com o modelo capitalista”, esse foi o estímulo consciente ou inconsciente que a população deste imenso país usou para expulsar a “bruxaria” e o “vandalismo” do entreguismo e da inércia. Com ou sem lideranças, repudiando os partidos políticos atuais e, ao mesmo tempo, formando novas lideranças que sairão das ruas e não dos “nobres” recintos fechados, onde impera o ato de lucrar com a vida humana – este sim, um ato cruel, diabólico. O verdadeiro vandalismo com a espécie humana.
 

Vândalos... quem são? Com certeza não estão do lado de cá.

24 de jun. de 2013

No Escurinho do DA - CINE DEBATE - 28/06/2013

O momento é de luta, todos e todas indo ás ruas, pintando o Brasil de várias cores. O gigante acordou? Para compreender o hoje se faz necessário o entendimento do ontem, e assim convidamos todos(as) os(as) estudantes, professores, técnicos administrativos e quem mais quiser se juntar  para debater à respeito do filme "Batismo de Sangue" (cartaz com sinopse e o trailer abaixo). 
Compreender nossa história é o ponto inicial para debatermos e lutarmos conscientemente, então é com a mesma vontade que todos(as) foram ás ruas que convidamos a participar do nosso CINE DEBATE "No Escurinho do DA" . 

Aguardamos vocês! 


"A única luta que se perde é a que se abandona"

Abraços!

23 de jun. de 2013

21 de jun. de 2013

Abaixem as bandeiras vermelhas?



Retirado de Correio da Cidadania



“A liberdade é sempre a liberdade para o que pensa diferente”. (Rosa Luxemburgo)
“Liberdade é o direito de estar errado, e não de fazer errado”. (John Diefenbaker)


De repente, tudo mudou. Nas manifestações de segunda, 17 de junho, aconteceu algo excepcional, algo de inusitado e heroico, que remete ao extraordinário, ao imprevisto, ao grandioso. Bonita, magnífica, majestosa, em São Paulo, no Rio de Janeiro e pelo Brasil afora, a juventude saiu às ruas e fez tremer a Avenida Paulista e a Rio Branco, fez tremer os banqueiros, fazendeiros, empreiteiros, fez tremer os comandos das Polícias Militares, os governadores, prefeitos, deputados e até o último dos vereadores. Ontem, toda a ordem econômica, social e política que preserva o Brasil como um dos países mais injustos do mundo tremeu. Eles não podiam ir dormir. Tinham que procurar uma explicação. Porque eles precisavam entender porque são desprezados.

Foi surpreendente, mas sabíamos que teria que acontecer, que estava no horizonte, pelo que esperamos por vinte anos; esperamos, alguns, uma vida inteira. O que tinha sido, até então, em quatro passeatas corajosas em São Paulo, um protesto contra o aumento das passagens, se agigantou em manifestação política nacional e, de repente, tudo mudou. O capitalismo brasileiro, que estava comemorando as suas grandes obras, os seus estádios, suas hidroelétricas, foi para a cama de olhos arregalados, assustados.

Mudou porque esta geração da juventude, a mais escolarizada da história do Brasil, os desaprova, os condena, os odeia. Pior e mais importante que tudo, temem que a juventude esteja somente abrindo a porta para a entrada em cena da classe trabalhadora. Se os milhões de assalariados, que fazem o Brasil ser um dos países periféricos com um dos maiores proletariados do mundo, entrarem na briga, o que vai estar em disputa não será somente a anulação do aumento das passagens. Esta aliança da classe trabalhadora com a juventude é a maior força social que existe. Foi assim nas Diretas. Foi assim no Fora Collor.

Por que mudou? Mudou porque éramos muitos, éramos centenas de milhares, e isso faz toda a diferença. Mudou porque eram milhões que nos apoiavam. Mudou porque aqueles que não saíram nas ruas nessa semana virão nas próximas. Mudou porque nossos inimigos se calaram, silenciaram, roendo as unhas. Mudou porque aquilo que é justo merece vencer. A alegria tomou conta das ruas e o medo tomou conta dos palácios. Eles gemeram, e nós cantamos.

Andamos, gritamos e cantamos, como deve ser. Aliás, como andamos em São Paulo! Muitos cartazes maravilhosos: “Se o povo acordar, eles não dormem!”, “Não adianta atirar, as ideias são à prova de balas!”, “Não é por centavos, é por direitos!”, “Põe a tarifa na conta da Fifa!”, “Verás que um filho teu não foge à luta!”, “Se seu filho adoecer, leve-o ao estádio!”, “Ô fardado, você também é explorado!”.

Mas, se apareceu o que existe de mais generoso, valente e solidário no coração da juventude, apareceu, também, o que existe de ingênuo, confuso e até reacionário. Não foi tudo progressivo. Apareceram jovens embriagados de nacionalismo, embrulhados na bandeira nacional, e cantando “sou brasileiro com muito orgulho e muito amor”. O nacionalismo é uma ideologia política perigosa. Só é positivo quando defende o Brasil do imperialismo. Acontece que não parecia que os que cantavam o hino estavam de acordo em exigir a anulação dos leilões de privatização, portanto, de desnacionalização do petróleo do Pré-Sal.

Alguns destes jovens fizeram ainda pior. Avançaram sobre militantes de esquerda e suas bandeiras. Atacaram as bandeiras do PSOL, do PCB e do PSTU. Por sorte, não aconteceu uma tragédia: porque a militância da esquerda tinha o direito e a disposição de defender suas bandeiras, a qualquer custo, e poderia ter se precipitado uma pancadaria séria, com feridos.

Gritar “sem violência” não é o mesmo que gritar “sem partidos”. Quando gritamos juntos “sem violência” estamos denunciando a presença de provocadores infiltrados da polícia que querem oferecer um pretexto para a repressão. Não estamos condenando o direito legítimo à autodefesa, um direito inalienável, que qualquer um aprendeu no jardim de infância.

Estamos tentando impedir que nossas manifestações sejam destruídas pela repressão, e que esta repressão consiga ganhar apoio do povo contra a juventude. As televisões usaram e abusaram de imagens de uma estação de metrô depredada. O povo que trabalha é contra a destruição do metrô. Foi isso que Alckmin tentou fazer, por quatro vezes, manipular a população acusando a juventude de vandalismo, e foi derrotado.

Gritar “sem partidos”, contra a esquerda, é muito diferente. Que uma parcela de juventude ingênua tenha profunda repugnância pela política, que associe toda a esquerda ao PT, o PT à corrupção, e o Haddad ao aumento, embora seja superficial, portanto, meia verdade e meia mentira, é compreensível. Que grupos reacionários, nacionalistas, que estão contra o governo Dilma pela ultradireita, que odeiam a esquerda porque ela representa o projeto coletivista e igualitarista da classe operária, aproveitem da confusão de uma manifestação com muitos milhares para expressar seu ódio de classe, insuflados por Jabor da Rede Globo, é previsível. Que alguns pequenos núcleos de inspiração anarquistas – não todos, vale ressalvar! – ainda insistam na divisão do movimento, querendo impor pela força dos gritos sua ideologia, é antidemocrático, divisionista, portanto, lamentável.

Mas o que aconteceu em São Paulo, no Rio de Janeiro e Salvador foi diferente e, muito, muito mais grave. Foi parecido com o Cairo, onde a Irmandade Muçulmana tentou impedir a esquerda de se apresentar publicamente.

O que aconteceu foi que jovens de rosto coberto, mascarados, alimentando a ilusão de que a intimidação física é o bastante para vencer na luta política, foram a linha de frente de um ataque covarde, quando estavam, acidentalmente, em maioria, e tentaram derrubar as bandeiras vermelhas. Não conseguiram fazê-lo, nem no Rio, nem em São Paulo, mas conseguiram em Salvador.

As lutas são apartidárias, mas não são monolíticas, são plurais. À exceção dos reacionários, marchamos todos juntos, não importa a ideologia, pelas reivindicações comuns que nos unem. Cada um abraça sua ideologia, seu programa e, se quiser, um partido. Sim, porque na vida, é preciso, mais cedo ou mais tarde, tomar partido. Mas, dentro do movimento ninguém pode impedir os outros de apresentarem sua identidade, ou de expressar sua posição.

O antipartidarismo, mais grave quando se dirige contra a esquerda socialista, é uma ideologia reacionária e tem nome: chama-se anticomunismo. Foi ela que envenenou o Brasil para justificar o golpe de 1964 e vinte anos de ditadura.

O PSTU vai empunhar suas bandeiras. O PCB e o PSOL certamente farão o mesmo. E os honestos anarquistas, aqueles que sabem que nenhuma aliança com a direita anticomunista é correta, com certeza terão a coragem de desfraldar suas bandeiras libertárias. Não deixem abaixar as bandeiras vermelhas. Foram os melhores filhos do povo que derramaram seu sangue pela defesa delas.

Valerio Arcary é professor do IF/SP (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia) e doutor em História pela USP.


VIVA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO!

17 de jun. de 2013

RECIFE VAI PARAR

O POVO acordou? Nem só de "Neymares" vive o Brasil, vivemos hoje um momento único, todo o país demonstra sua insatisfação com o desperdício do dinheiro público, jogado aos bolos na copa do mundo. Estádios pra inglês ver? Fazemos protestos pra o mundo ver! Ver que no Brasil não só temos samba e futebol, mas que cansamos de pão e circo, cansamos de ver rios de dinheiro sendo pagos na dívida externa, cansamos da precarização dos direitos sociais, cansamos de políticos que prometem "morrer" pela saúde, educação e transporte público e quando assumem seus cargos acabam por matá-las! 
Cansamos de assistir e agora o POVO vai ás ruas e em Recife não será diferente!

Então QUINTA-FEIRA, 20/06 na PRAÇA do DERBY ás 16h o RECIFE vai parar!!!!

VAMOS TODOS (AS)! Defender um transporte público-estatal e gratuito!



11 de jun. de 2013

Calourada Adiada

Devido alguns imprevistos a calourada AgroVetBio foi adiada e em breve divulgaremos a nova data.

9 de jun. de 2013

Estatuto do Nascituro e os direitos da mulher


Retirado do Blog do Sakamoto



A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara aprovou, nesta quarta (5), substitutivo ao projeto que cria o Estatuto do Nascituro. Ele prevê o direito ao pagamento de pensão pelo Estado às crianças concebidas através de estupro no caso do pai – o estuprador – não puder arcar com isso ou não for identificado. Pensão de estuprador… A proposta segue agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça antes de ir a plenário. Com isso, são criadas brechas para criminalizar o aborto em casos de estupro – hoje permitido por lei. Na prática, o embrião passa a ter mais direitos que a mulher violentada. O projeto tem sido defendido por deputados da bancada evangélica.
OK, deu. Vamos entregar a questão da saúde pública aos cuidados das igrejas, pronto. Certamente, as igrejas terão a coragem de pôr em prática ações que o Estado não toma. Os problemas sociais serão resolvidos com base no Código de Direito Canônico e, por que não, na reedição da bula Cum ad nihil magis, do Santo Ofício. Por exemplo, lembrar aos médicos que fizerem abortos, mesmo que nos raros casos previstos em lei, que eles estão sob risco de uma eternidade de privações no limbo (já que não se fazem mais fogueiras em praças públicas como antigamente) vai por um ponto final na questão.
Inferno e o limbo não existem. Mas não é todo mundo que sabe disso.
Não há defensora ou defensor do direito ao aborto que ache a interrupção da gravidez uma coisa fácil e divertida de ser feita, equiparada a ir à padaria para comprar uma rosca de torresmo. Também não seriam formadas filas quilométricas na porta do SUS feito um drive thru de fast food de pessoas que foram vítimas de camisinhas estouradas. Também não há pessoa em sã consciência que defenda o aborto como método contraceptivo. Aliás, essa ideia de jerico aparece muito mais entre as justificativas daqueles que se opõem à ampliação dos direitos reprodutivos e sexuais do que entre os que são a favor. A interrupção de uma gravidez é um ato traumático para o corpo e a cabeça da mulher, tomada após uma reflexão sobre uma gravidez indesejada ou de risco. Defender o direito ao aborto não é defender que toda gestação deva ser interrompida. E sim que as mulheres tenham a garantia de atendimento de qualidade e sem preconceito por parte do Estado se fizerem essa opção.
Hoje, o “direito” ao aborto depende de quanto você tem na conta bancária. Afinal de contas, mulher rica vai à clínica, paga R$ 4 mil e pronto. Mulher pobre se vale de objetos pontiagudos ou remedinhos vendidos a torto e direito sem controle e que podem levar a danos permanentes. A discussão não é quando começa a vida, sobre isso dificilmente chegaremos ao um consenso, mas as mulheres que estão morrendo nesse processo. Negar o “direito ao aborto” não vai o diminuir o número de intervenções irregulares, eles vão acontecer legal ou ilegalmente.
Mas aborto é mais do que um problema de saúde pública. Negar a uma mulher o direito a realizá-lo é equivalente a dizer que ela não tem autonomia sobre seu corpo, que não é dona de si. Na minha opinião – e na de vários outros países que reconheceram esse direito, ela tem sim prevalência a ele. É uma vergonha ainda considerarmos que a mulher não deve ter poder de decisão sobre a sua vida, que a sua autodeterminação e seu livre-arbítrio devem passar primeiro pelo crivo do poder público e ou de iluminados guardiões dos celeiros de almas, que decidirão quais os limites dessa liberdade dentro de parâmetros. Parâmetros estipulados historicamente por homens.
É extremamente salutar que todos os credos tenham liberdade de expressão e possam defender este ou aquele ponto de vista. Mas o Estado brasileiro, laico, não pode se basear em argumentos religiosos para tomar decisões de saúde pública ou que não garantam direitos individuais, como poder abortar em caso de estupro. A justificativa de que o embrião tem os mesmos direitos de uma cidadã nascida é, no mínimo, patético.

4 de jun. de 2013

Calourada AgroVetBio



Não é novidade a insatisfação dos estudantes com o Restaurante Universitário da UFRPE. Com um histórico de servir pratos “exóticos” como parafuso, porca e plástico a Du Chef Refeições vai engordando sua conta bancária. Ainda mais agora que a Reitoria renovou o contrato por mais um ano.
Mas, como não estamos satisfeitos com o título de não servir bem, em um dos RUs mais caros do Brasil contamos com uma “excelente” climatização, onde não tem como a comida esfriar!
Mas é possível um RU gratuito? Partindo de uma concepção de universidade pública, gratuita e de qualidade, o RU será apenas parte integrante deste conceito. Estamos perto disso? Depende da nossa organização e vontade de querer mudar!

Acreditando na gestão e financiamento públicos a calourada vem com a temática R.U. ZERO!

Lutamos por um:
R.U. de qualidade
Ampliado e Descentralizado
Gratuito
Climatizado
Sem filas
Com opções vegetarianas
Quantidade de suco livre
redução dos resíduos


Assim convidamos todxs no dia 14/06, para participarem da calourada AgroVetBio, que acontecerá no estacionamento do Hospital Veterinária, a partir das 18h!!

Aguardamos vocês por lá!

25 de mai. de 2013

Calourada Receptiva 2013.1

      Acabou a primeira semana de aulas do primeiro semestre de 2013 e com ela se vai a calourada receptiva de 2013.1. Nela, ao invés de trotes desrespeitosos, violência e tratamento desigual entre calour@s e veteranos, buscamos através do respeito e tratamento igual mostrar diversas áreas de atuação dos médicos(as) veterinários(as) e seu papel político, social e humanístico. 
     Partindo da percepção que ninguém educa ninguém, cada um é sujeito ativo da sua educação e que assim nos educamos juntos, tivemos a oportunidade de conhecer mais a respeito da universidade, do movimento estudantil, da saúde coletiva, do SUS, conhecemos o bem-estar animal, conversarmos à respeito da extensão rural e agroecologia e tivemos a experiência de vivenciar a luta dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, no assentamento Chico Mendes III.
     Acreditando nesse modelo libertador de educação, onde ação e reflexão caminham juntas e não se dissociam, a realidade pode ser compreendida e dessa forma transformada. Infelizmente a Universidade não segue essa lógica e o movimento estudantil tem por dever criticar o modelo deturpado de educação que está posto, mas também elaborar alternativas que mostrem uma outra opção de educação. 
    O domínio da técnica é fundamental para qualquer profissão, ainda mais para a veterinária, onde lidamos diretamente com vidas, mas tão importante quanto dominá-la é saber para que e para quem estamos utilizando-a e nesse ponto a universidade se mostrar radicalmente deficiente. Os cursos continuam a atender uma lógica de mercado e os projetos pedagógicos dos cursos pouco se importam com as demandas sociais e atendem na maioria dos casos a uma elite minoritária. 
     Esses cincos dias de calourada servem para destrinchar, mesmo que minimamente, essa lógica e apresentar aos novos estudantes de veterinária campos de atuação da nossa profissão que pouco serão mostrados no curso e que mesmo sem ter a devida atenção, tem um enorme papel social.
    O DAMV se orgulha quando terminamos uma atividade e sentimos que cumprimos com o nosso papel, o recado foi dado, e mais que dar respostas desejamos problematizar e assim os estudantes com seus próprios questionamentos começam a encontrar as repostas. Agradecemos muito a participação dos calour@s, foi muito bom passar essa semana com vocês e estaremos junt@s durante a graduação. Desejamos boa sorte e sucesso a todos(as)!!

"Nas ruas, nas praças quem disse que sumiu? Aqui está presente o Movimento Estudantil"!

Há Braços!!



Pra não esquecer nossa visita ao Assentamento








17 de mai. de 2013

Médicos cubanos no Brasil?




O Conselho Federal de Medicina (CFM) está indignado frente ao anúncio da presidente Dilma de que o governo trará 6.000 médicos de Cuba, e outros tantos de Portugal e Espanha, para atuarem em municípios carentes de profissionais da saúde. Por que aqui a grita se restringe aos médicos cubanos? Detalhe: 40% dos médicos do Reino Unido são estrangeiros.
Também em Portugal e Espanha há, como em qualquer país, médicos de nível técnico sofrível. A Espanha dispõe do 7º melhor sistema de saúde do mundo, e Portugal, o 12º. Em terras lusitanas, 10% dos médicos são estrangeiros, inclusive cubanos, importados desde 2009. Submetidos a exames, a maioria obteve aprovação, o que levou o governo português a renovar a parceria em 2012.
Ninguém é contra o CFM submeter médicos cubanos a exames (Revalida), como deve ocorrer com os brasileiros, muitos formados por faculdades particulares que funcionam como verdadeiras máquinas de caça-níqueis.
O CFM reclama da suposta validação automática dos diplomas dos médicos cubanos. Em nenhum momento isso foi defendido pelo governo. O ministro Padilha, da Saúde, deixou claro que pretende seguir critérios de qualidade e responsabilidade profissionais.
A opinião do CFM importa menos que a dos habitantes do interior e das periferias de nosso país que tanto necessitam de cuidados médicos. Estudos do próprio CFM, em parceria com o Conselho Regional de Medicina de São Paulo, sobre a “demografia médica no Brasil”, demonstram que, em 2011, o Brasil dispunha de 1,8 médico para cada 1.000 habitantes.
Temos de esperar até 2021 para que o índice chegue a 2,5/1.000. Segundo projeções, só em 2050 teremos 4,3/1.000. Hoje, Cuba dispõe de 6,4 médicos por cada 1.000 habitantes. Em 2005, a Argentina contava com mais de 3/1.000, índice que o Brasil só alcançará em 2031.
Dos 372 mil médicos registrados no Brasil em 2011, 209 mil se concentravam nas regiões Sul e Sudeste, e pouco mais de 15 mil na região Norte.
O governo federal se empenha em melhorar essa distribuição de profissionais da saúde através do Provab (Programa de Valorização do Profissional de Atenção Básica), oferecendo salário inicial de R$ 8 mil e pontos de progressão na carreira, para incentivá-los a prestar serviços de atenção primária à população de 1.407 municípios brasileiros. Mais de 4 mil médicos já aderiram.
O senador Cristovam Buarque propõe que médicos formados em universidades públicas, pagas com o seu, o meu, o nosso dinheiro, trabalhem dois anos em áreas carentes para que seus registros profissionais sejam reconhecidos.
Se a medicina cubana é de má qualidade, como se explica a saúde daquela população apresentar, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), índices bem melhores que os do Brasil e comparáveis aos dos EUA?
O Brasil, antes de reclamar de medidas que beneficiam a população mais pobre, deveria se olhar no espelho. No ranking da OMS (dados de 2011), o melhor sistema de saúde do mundo é o da França. Os EUA ocupam o 37º lugar. Cuba, o 39º. O Brasil, o 125º lugar!
Se não chegam médicos cubanos, o que dizer à população desassistida de nossas periferias e do interior? Que suporte as dores? Que morra de enfermidades facilmente tratáveis? Que peça a Deus o milagre da cura?
Cuba, especialista em medicina preventiva, exporta médicos para 70 países. Graças a essa solidariedade, a população do Haiti teve amenizado o sofrimento causado pelo terremoto de 2010. Enquanto o Brasil enviou tropas, Cuba remeteu médicos treinados para atuar em condições precárias e situações de emergência.
Médico cubano não virá para o Brasil para emitir laudos de ressonância magnética ou atuar em medicina nuclear. Virá tratar de verminose e malária, diarreia e desidratação, reduzindo as mortalidades infantil e materna, aplicando vacinas, ensinando medidas preventivas, como cuidados de higiene.
O prestigioso New England Journal of Medicine, na edição de 24 de janeiro deste ano, elogiou a medicina cubana, que alcança as maiores taxas de vacinação do mundo, “porque o sistema não foi projetado para a escolha do consumidor ou iniciativas individuais”. Em outras palavras, não é o mercado que manda, é o direito do cidadão.
Por que o CFM nunca reclamou do excelente serviço prestado no Brasil pela Pastoral da Criança, embora ela disponha de poucos recursos e improvise a formação de mães que atendem à infância? A resposta é simples: é bom para uma medicina cada vez mais mercantilizada, voltada mais ao lucro que à saúde, contar com o trabalho altruísta da Pastoral da Criança. O temor é encarar a competência de médicos estrangeiros.
Quem dera que, um dia, o Brasil possa expor em suas cidades este outdoor que vi nas ruas de Havana: “A cada ano, 80 mil crianças do mundo morrem de doenças facilmente tratáveis. Nenhuma delas é cubana”.
                                                                                                   Frei Betto

10 de mai. de 2013

CINE DEBATE

Na primeira semana de aula, mais precisamente no dia 21/05, ocorrerá no auditório Luís de Melo Amorim no DMV da UFRPE, o Cine Debate "No Escurinho do D.A..
Esse projeto é uma parceria entre o diretório acadêmico de medicina veterinária e o Laboratório de Humanidades da UFRPE, e tem por objetivo dialogar à respeito de temas ligados ou não a Medicina Veterinária. O projeto é aberto a tod@s da academia.
 Abaixo o trailer e cartaz do filme do mês de maio.

Contamos com a presença de tod@s!

1 de mai. de 2013

27 de abr. de 2013

#Ocupe Recife # OcupeEstelita

Como já conversamos à respeito da situação imobiliária do Recife Veja aqui, deixamos o convite para o evento que está sendo divulgado pelo facebbok. Também deixamos o link para assistir ao bom documentário Velho Recife Novo que aborda essa temática. 
Quem é o urbanista de Recife? Cabe a nós responder, ou deixar que uma minoria responde pela gente....

Recife é do POVO!







Retirado de Descrição do evento
Desde que o Direitos Urbanos completou um ano, no início de março, alguns e algumas de nós vimos conversando, apurando a ideia e nos organizando para fazer um novo #OcupeEstelita para comemorar esse ano de muitas ações, de crescimento do grupo e de qualificação dos debates e para marcar de maneira mais visível uma posição firme diante dos obstáculos colocados pela Justiça com relação ao projeto Novo Recife. Agora temos mais um motivo, que é celebrar a vitória com o recuo do governo em relação aos Viadutos e usar o gás de uma manifestação pública (e linda!) para fortalecer o Direitos Urbanos e nossas ações futuras – que, como sabemos, não serão poucas nem fáceis. Vamos fazer um negócio bacana, cheio de gente, que tome o Cais e o Novo Recife como um símbolo de toda a nossa agenda política?





PROGRAMAÇÃO #OCUPEESTELITA+1

EXPOSIÇÃO 

Pólo Jurídico/Coque - Exposição de mapas, fotos e projeto do pólo jurídico 

Varal do Ocupe (exposição de fotografia)

Exposição de projetos alternativos para o Cais


SHOWS E APRESENTAÇÕES

Djs La Tabaqueira (Alessandra Leão e Rodrigo Caçapa)

DJs Hellcife Sound System (Artur Rocha e Mozart Gomes)

Transmissão Clandestina

A Caravana do Delírio

Juvenil Silva 

Feiticeiro Julião + Caapora

Casas Populares



INTERVENÇÕES

Audiovisual: Cine Chinelo no Pé no Estelita + Cineclube Amoeda

Surto & Deslumbramento Estúdio Fotográfico 

Praia do Capibaribe - Eu quero nada no Capibaribe

Plantio de Arvores

Grupos de Capoeira

Capoeira de Angola Mestre Jorge

Skate Park Recife

Shiatsu

Painel de Grafitti 

Bolha Imobiliária

Stencil : Confecção de camisetas 

Muro interativo

Oficina de Pipa


TEATRO E DANÇA

Acrobacia em tecido

Jam de dança - coletivo Lugar Comum



Grupo Direitos Urbanos | Recife